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quinta-feira, agosto 17, 2006

MISSÃO CUMPRIDA


Hoje, minha filha Karina está se formando em Design de Moda pela Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI.
Eu e meu esposo estamos felizes por sabermos que mais esta missão está cumprida.
A Karina, nas palavras de seus próprios professores, é uma aluna extremamente esforçada, que encara com profunda seriedade todas as tarefas que lhe são delegadas, buscando sempre atingir o máximo. Foi assim, que por ocasião da apresentação de seu TCC, uma renomada professora da UDESC, convidada especial para compor a banca examinadora, disse que nada poderia acrescentar ou mesmo contribuir sobre a qualidade de seu trabalho de conclusão de curso dado o grau de perfeição atingido!
Para nós, pais, ainda nos cabe outra enorme satisfação: nossa filha conclui a universidade apta para enfrentar e competir no mercado aqui fora. Sempre trabalhando, quer de balconista, quer de estilista free lancer, a Karina assimilou práticas e conhecimentos fundamentais à sua profissão.
Acima de tudo, admiramos a Karina por sua humildade; em seus agradecimentos, ela assim se expressa em relação à sua família no seu TCC: “ Dedicatória : A minha mãe Suênia, cujo imenso talento e dedicação tem sido para mim exemplo e estímulo. Meus agradecimentos especiais a minha mãe, por ter acreditado em mim, por estar sempre ao meu lado e ter me incentivado a nunca desistir dos sonhos. Com certeza se não fosse você não teria chego até aqui. Agradeço ao meu pai, Woellington, por ter sido um grande incentivador de diversos trabalhos os quais nasceram através de suas idéias, pela sua grande participação na minha vida acadêmica e por ser um exemplo de sabedoria. Sinceros agradecimentos aos meus irmãos, William e Carolina, por fazerem parte da minha vida.”.
Diante de meu conturbado e sobrecarregado mundo, na condição de mãe de três filhos, esposa, funcionária pública, artesã e professora, encontro momentos de felicidade ao contemplar o sucesso de meus pupilos queridos. Fico fortalecida nessas horas.
Ratifico que todo o empenho em prol do crescimento de nosso próximo, e por que não dizer, da própria humanidade, é uma tarefa compensatória. Nossa vida é um elo fundamental e indissociável da grande teia da vida.
Em relação a nossos filhos, como disse certa vez um poeta, somos o arco, e eles, a flecha. Distendemos o máximo possível esse arco para que a flecha, voando alto e velozmente, atinja o alvo com precisão.
Karina, muito obrigada por me mostrar mais uma vez que é na dificuldade que nos tornamos mais fortes e unidos. Parabéns.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Realização com a turma de pós-graduação- Educação Especial


Estou registrando minha imensa satisfação em ter trabalhado com a turma de pós graduação em Educação Especial: disciplina - Acessibilidade Digital.
Meus principais objetivos foram atingidos ao observar as produções das equipes ao conceituar Acessibilidade Digital, na seleção das figuras para confecção dos cartazes, na utilização dos recursos de computação e no interesse da turma na sala informatizada.
Como tarefa de avaliação, os alunos criaram um blog onde puderam arquivar seus registros.
Segundo diversos relatos dos alunos, a oportunidade de trabalhar numa sala informatizada, de terem acessado o computador e criado um blog foi uma experiência maravilhosa.
“Antes o computador era um elemento estranho que dava medo” disse-me uma aluna; outra fez questão de comentar a satisfação do esposo ao saber que ela tinha trabalhado em um computador. Uma outra ainda, agradeceu a oportunidade dizendo o quanto foi maravilhoso ter descoberto algo de novo, e sobre a importância e motivação gerada por professores que dominam ferramentas de informática a fim de elevar o nível de ensino.
Posso dizer que essa turma realmente produziu.
Quero expressar meus profundos agradecimentos a essa turma, em especial pelo último dia de aula. Eu estava com problemas de saúde, bastante debilitada. Mesmo assim o pessoal acolheu-me com carinho e atenção, demonstrando empenho em todas as atividades propostas naquele dia. São coisas assim que nos deixam mais fortalecidos.
Aos meus professores do curso de especialização que freqüento, oportunizo esse espaço para enaltecer a importância dos novos ensinamentos que nos estão sendo transmitindo. A maneira como eles nos orientam é contagiante.
Muito Obrigada a todos vocês.

terça-feira, agosto 01, 2006

Quem mais falou foi um mudo

O episódio que irei narrar é muito interessante, os fatos mencionados são reais e recente. Estou lecionando a disciplina Acessibilidade Digital: Sociedade Tecnológica, Humanismo e Educação para o curso de pós-graduação Educação Especial, promovido pela AUPEX.
Na primeira aula formamos equipes ( dinâmica do balão) solicitei aos grupos que lessem com atenção o texto de Elisabete Dias de Sá, que fala da Inclusão Digital e de Acessibilidade Digital. Solicitei também, aos grupos que elaborassem um cartaz escrevendo o conceito formado pela equipe e que colassem gravuras que representasse a acessibilidade Digital. Meu objetivo com esta atividade foi observar o que os alunos conheciam sobre o tema e o que mais despertaria o interesse do grupo. Após os cartazes estarem prontos, cada equipe fez sua apresentação. Leram para a turma os conceitos formados e mostraram as gravuras selecionadas. Durante a apresentação questionei os componentes dos grupo sobre a construção do conceito e o que os levou a escolher aquelas gravuras. Foi nesta fase que aconteceu um episódio interessante: Uma das equipes era integrada por um surdo-mudo. Ele escreveu um relato de sua experiência e pediu para um colega ler o que tinha escrito em quanto ele através da linguagem de sinais transmitia sua mensagem. Entusiasmado, contou-nos sua experiência de vida antes e após seu ingresso às tecnologias de informação e comunicação (TIC). Foi emocionante! Podemos entender e sentir a relevância da tecnologia à serviço das pessoas com necessidades especiais. Quem mais falou foi o mudo!
Após as apresentações mostrei através de lâminas o conceito científico sobre acessibilidade digital. Também, apresentei algumas gravuras de acessibilidade tais como: capacete adaptado para digitação, monitores e teclado para cego etc. Com a finalidade de propiciar aos alunos a reelaboração se necessário dos conceitos traçados e a reorganização das gravuras.
Na próxima aula contarei a experiência de Ronaldo Correa Júnior, tetraplégico, que narra sobre as mudanças em sua vida graças a tecnologia e a generosidade de uma congregação religiosa que propiciou os recursos para que ele atingisse seus objetivos. Estou curiosa sobre a reação da classe.
À luz desses acontecimentos gostaria de lançar os seguintes questionamentos:
Fazer milagres seria algo prodigioso, possível somente aos grandes avatares, ou estaria ao alcance dos comuns mortais?
Podemos permitir aos surdos ouvir e aos segos enxergar, aqui mesmo em nosso limitado cotidiano?
Os milagres referidos nos livros Santos podem ser operados por meio da ciência?
Seria o amor ao próximo o primeiro e fundamental passo para a criação de toda a tecnologia?